domingo, dezembro 25, 2005

Navegante

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Pulei alguns muros e bati de frente com outros , mas conservo ainda
quase todos os dentes necessários
pra nao ter mais que correr das feras que cruzarem o meu caminho
e nem ter que esconder o sorriso para quem precisar dele.
V.S.
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Navegante

Eu precisei de um tempo pra saber quem era essa pessoa que eu chamo de Eu
o que se escondia por detrás do meu olhar mudo e dos meus gestos tão gritantes,
Entender que a minha inoperancia em relação a vida
era em sí o primeiro passo para uma maratona em busca da felicidade plena
e que estar imóvel às vezes é a melhor atitude a se tomar.
entender que , quase sempre,
o barulho que me cerca é mesmo só barulho , e nada mais.

Quebrei alguns espelhos que pareciam distorcer minha imagem
e por muito tempo tive raiva do meu proprio reflexo,
Até me dar conta de que o espelho só cumpre sua função
de mostrar a nós mesmos como nos vemos.
Fui incompleto , fui cubista , fui abstrato
me faltava um pouco de alma , me sobravam olhos e bocas,
meus ouvido estavam tapados
e minhas idéias se faziam poucas.
Insatisfeito comigo mesmo
não tinha nada a oferecer
foi duro , mas necessário . me apaguei pra começar a refazer.

Joguei fora minhas teorias , sobre homem mulher e sentimento.
Guardei numa gaveta funda os meus rancores e tranquei com a chave dentro
Troquei de lugar os meus retratos , e em quase todos desenhei bigodes.
-quando se trata de mudar o caráter , um pouco de humor é ingrediente forte-
Pintei as paredes do quarto pra renovar e aliviar o hambiente,
Descarreguei sobre o travesseiro a raiva
de nao saber em que direção soprava o vento,
Comprei uma mochila nova e pus todas as minhas apostas nela.
Arranjei uma bicicleta emprestada...
deixei você de lado e me perdi mundo adentro.

Precisei de um tempo para encontrar um lugar onde eu pudessse sentir que minha presença nao era indispensável ,
e que minha ausência era sentida.
Me encontrei ...e agora posso navegar.

Vina Schneider

quinta-feira, dezembro 15, 2005

A Maior Das Minorias

A Maior das Minorias


Me explica esse punho cerrado
esse ódio do novo
essa onda de globalização violenta por todo o globo.
Me explica a tua superioridade
a tua autoridade
e teu poder de dizer quem é ou não o seu povo.
Me explica esse olho puxado,
essa pele curtida,
esse cabelo cortado na altura da perplexidade de quem
te vê e te julga
pelos teus atos radicais,
pela tua fúria patriótica em programas sindicais
que nao abraçam essa gente que te leva nos braços.

Quem fez a tua casa e regou a tua terra de rubro encarnado
marcou tua história e agora é caçado,
impedido de vestir tua camisa e ser chamado
de companheiro nessa vitória comprada,
impedido dos direitos básicos de entrar e sair
por esses portões tão bem guardados.

Quem traça teu destino medido em galão
que cede o espaço pra teus caminhões
sugarem da terra o que não lhes pertence,
roubando o pão da nossa pobre gente,
por um passo pequeno pra quem não merece
nada além de um empurrão e um bom puxão de orelhas...

Mas as chicotadas seguem caindo sobre as costas
de quem sempre esteve amarrado ao pelourinho.
A maior das minorias.


Vina Schneider

quarta-feira, novembro 09, 2005

Sereia

Era Assim

Tinha a pele que era algo que nao era nem branco nem cor nenhuma , era luz ,
era algo que estava no ar ,
sentia-se mas nao sabia ao certo se podia-se tocar.
Na cabeca nao haviam cabelos como os mortais ,
carregava sim correntes de ervas trancadas e regadas com mel e areia , o que lhes dava uma textura parecida com nuvem pesada de chuva no final de uma tarde quente.
Seus olhos eu nao vi , mas senti me fitarem,
E pensei por um instante que fosse ali mesmo morrer
Na presenca daquele ser,
Que me acariciava os labios e a alma.
era frio e suor,
era sono e excitacao ao mesmo tempo ,
era agua e era vento ,
era vontade de trabalhar em fim de semana de ferias,
era tanto e tudo que eu nao sabia
era meus livros ,minha breve historia ,
minha pouca sapiencia e minha fraca poesia.

E eu me perdia no meio dela , como quem se perde no seu prorpio quarto escuro,
sabia exatamente onde estava cada coisa ,
cada parte do seu corpo
e sabia com que firmeza ou delicadeza tocar
mas nao podia.
Eu tentava e ela fugia
E talvez por isso fosse tao bom ,
era sentir o gosto da boca Escorrendo por entre as maos ,
e o aroma das coxas
Se esfregando no meu colchao.

Cada vez que respirava ,fazia rodar minha cabeca
E apoiava no seu colo de luz,
E cantava para eu dormir
E sonhar com mais um regresso para o paraiso
que era sua companhia.
E eu chorava de saudade cada vez que adormecia.



Vina Schneider

sábado, novembro 05, 2005

Para Dois

Pra nao Dizer que nao Falhei das Rosas...
E com todas as outras cores.

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Esse texto eu recebi da Jaque sampin , uma pessoa muito maior do que julga os olhos de quem a ve sempre na altura de seus ombros (ou mais baixo ainda , pros da minha estatura),  Mesmo pra quem so’ a ve por meio de fotos e memorias  .
Voce um dia vai ser Grande Jaque  .Talento e’ o que voce tem de sobra.

====conpaneros y conpaneras , con la palabra el senor Eduardo Galeano:


O DIREITO DE SONHAREduardo Galeano
Tente adivinhar como será o mundo depois do ano 2000. Temos apenas uma única certeza: se estivermos vivos, teremos virado gente do século passado. Pior ainda, gente do milênio passado.
Sonhar não faz parte dos trinta direitos humanos que as Nações Unidas proclamaram no final de 1948. Mas, se não fosse por causa do direito de sonhar e pela água que dele jorra, a maior parte dos direitos morreria de sede.
Deliremos, pois, por um instante. O mundo, que hoje está de pernas para o ar, vai ter de novo os pés no chão.
Nas ruas e avenidas, carros vão ser atropelados por cachorros.
O ar será puro, sem o veneno dos canos de descarga, e vai existir apenas a contaminação que emana dos medos humanos e das humanas paixões.
O povo não será guiado pelos carros, nem programado pelo computador, nem comprado pelo supermercado, nem visto pela TV.
A TV vai deixar de ser o mais importante membro da família, para ser tratada como um ferro de passar ou uma máquina de lavar roupas.
Vamos trabalhar para viver, em vez de viver para trabalhar.
Em nenhum país do mundo os jovens vão ser presos por contestar o serviço militar. Serão encarcerados apenas os quiserem se alistar.
Os economistas não chamarão de nível de vida o nível de consumo, nem de qualidade de vida a quantidade de coisas.
Os cozinheiros não vão mais acreditar que as lagostas gostam de ser servidas vivas.
Os historiadores não vão mais acreditar que os países gostem de ser invadidos.
Os políticos não vão mais acreditar que os pobres gostem de encher a barriga de promessas.
O mundo não vai estar mais em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza. E a indústria militar não vai ter outra saída senão declarar falência, para sempre.
Ninguém vai morrer de fome, porque não haverá ninguém morrendo de indigestão.
Os meninos de rua não vão ser tratados como se fossem lixo, porque não vão existir meninos de rua.
Os meninos ricos não vão ser tratados como se fossem dinheiro, porque não vão existir meninos ricos.
A educação não vai ser um privilégio de quem pode pagar por ela.
A polícia não vai ser a maldição de quem não pode comprá-la.
Justiça e liberdade, gêmeas siamesas condenadas a viver separadas, vão estar de novo unidas, bem juntinhas, ombro a ombro.
Uma mulher - negra - vai ser presidente do Brasil, e outra - negra - vai ser presidente dos Estados Unidos. Uma mulher indígena vai governar a Guatemala e outra, o Peru.
Na Argentina, as loucas da Praça de Maio vão virar exemplo de sanidade mental, porque se negaram a esquecer, em tempos de amnésia obrigatória.
A Santa Madre Igreja vai corrigir alguns erros das Tábuas de Moisés. O sexto mandamento vai ordenar: "Festejarás o corpo". E o nono, que desconfia do desejo, vai declará-lo sacro.
A Igreja vai ditar ainda um décimo-primeiro mandamento, do qual o Senhor se esqueceu: "Amarás a natureza, da qual fazes parte".
Todos os penitentes vão virar celebrantes, e não vai haver noite que não seja vivida como se fosse a última, nem dia que não seja vivido como se fosse o primeiro.

sábado, outubro 15, 2005

Batendo Poeira

inpiracao nota 0 pro Vina que so' poe letra velha no blog.
mas ...e' o que ha'.





Declaracao de amor





Sirenes correndo pela janela do meu quarto
e sei que mais um corpo nesse momento foi marcado
pela furia da lanca do destino,
que atropela e vira pelo avesso o que resta da alma humana
nesses dias de quase calor.

Silencio estatico no meu quarto,
Derretem as paredes que nao sentem vibrar meus gritos entredentes
de jovem arruinado pela incerteza e pelo medo.
Cada um deles pertencem a voce,
Mas se encontram extraviados na minha cabeca ,
Redirecionados pela forca da gravidade que opera sobre o teu espirito
Andarilho e poetico.

Por todas as lagrimas que perfuram meus olhos
ja’ que nao te alcanco ao telefone...
Culpo sempre o destino.

Desde a pimeira vez que vi voce explodir frente aos meus olhos,
Despretenciosamente ancorando minha atencao ,
Desgracadamente aticando minha imaginacao por paisagens
Que foram pintadas a quatro maos (aun que voce negue)...
Aprendi a culpar o destino.

Os anos irao se passar
Nossos corpos vai amadurecer e perecer,
Nossas sementes talvez deem frutos que nos iremos apreciar de formas
Diferentes , assim como mastigamos as dores de nossos amores de formas diferentes , e gozamos nossos prezeres de formas diferentes.

Nao posso culpar o destino por meu amor por voce nao ser igual ao seu por mim, nao posso culpar nada , nenhuma forca nem ninguem por amar tuas palavras mais que tuas curvas , teus pensamentos mais que tua boca ,
Tua excitacao mais que o teu sexo que eu desconheco.

Nao posso culpar o destino ,mas culpo.
Antes a ele do que a nos que somos apenas vitimas desse jogo de sentimentos e palavras que parece nao ter vencedores.


Vina Schneider

ao som de Farofa carioca .

"a carne mais barata do mercado e' a carne negra!!!"

salve Seu Jorge






sexta-feira, setembro 09, 2005

O paradoxo da circunstancia





Eu vou segurar sua mao quando houver apuros
Te confortar e mostrar qu a situacao poderia ser pior
Ou melhor
E que so’ depende de voce.

Eu vou estar contigo quando as coisas da vida que agente nao pode mudar
Mudarem .
Vou estar no balnco do mesmo barco que te enjoa
Mas meu vomito e o que mais sair de mim pode nao se misturar com o seu.
Nao por que ele seja melhor
Ou pior
Mas por que e’ meu , e me custou paciencia , forca e decepcoes para que
Eu pudesse conquistar.

Eu vou estar na mesma montanha russa que te arrasta ladeira abaixo
Dando voltas em torno de si pra tentar arrancar de voce o seu medo
De ser quem voce e’ , sem que isso afete a quem esta no carro de tras.

Eu vou estar na mesma queda live vertiginosa em que voce
Mergulha de cabeca , em direcao ao esgoto da raca humana
O ponto mais baixo que pode o orgulho e a falta de amor ao proximo alcancar...
Mas eu sei que tenho a escolha de abrir o parquedas.

Eu tambem tenho medo de gente ,e quem nao tem??

Amar ao proximo e’ mais facil quando ele se parece com o reflexo do
Espelho do seu banheiro.
Nao quero me convencer de que o que esta na privada seja
A nossa unica semelhanca.

Se a terra tremer eu tambem vou cair. Se chover eu tambem vou me afogar
Mas se voce me insultar eu posso te quebrar a cara ou so’ te ignorar.

Eu vou segurar a sua mao , nao por que eu me importe com voce
Mas por que meu pavor e’ maior que o seu.

As minhas angustias nao podem ser traduzidas na sua lingua ,
Nao pode ser distribuidas nos seus horarios de trabalho
Nem pode preencher os espacos que restam no seu coracao
E na sua alma.
E eu nao exijo que voce me entenda por isso.

Eu tambem nao faco a menor ideia por que diabos voce reza pra Deus
Chamando ele de outro nome .

Minha historia pode ser diferente da sua,
Por que quem ancorou as Naus na minha costa passou bem longe da tua casa
Mas minha geografia nao e’ diferente so’ por que eu me encontro
Em outro angulo do planeta.

Eu tambem nao tenho mais pra onde ir
E empurrar os corpos e temperamentos que me cercam ja’ me custa demais.
Entao que tal nos apenas sermos gentis?


Ame o mundo de frente, mesmo que ele so’ te ame por tras.


Vina Schneider

quinta-feira, agosto 25, 2005

fotos , sem fatos!

Teu retrato na parede


Pintei teu retrato na parede branca da sala
Pintei voce como te vejo , pintei com carinho
Pintei com desejo
Pintei com as pontas dos dedos, com a ponta de mim
Pintei com a cara , com o corpo
Pintei rosas , mato virgem e jasmins
Pintei o que tinha que pintar
Pintei uma garrafa de vinho , um livro de Galeano
Uma pomba pintada, uma jarra de agua pura
Pintei um sorriso e uma lagrima
Pintei um deus e um capeta
Pintei o que tinha que pintar.

Me deitei no chao frio da sala vazia
E me pus a te admirar.
Mas por medo de processos e direitos de uso de imagem
Coloquei o rosto de outra pra disfarcar.


VinA Schneider

sábado, julho 09, 2005

reciclagem


Temporais (perdidas em...)


Abre outro sol
que lento desperta outra manha,
derrubando mini-saias
De meninas tao espertas,
que a vida levam em vao.

6 horas da manha
Chorava escondido um outro seio
Exposto ao gosto citrico da vergonha.
Despido do pudor de outro dolar
Privado dos direitos fundamentais
De nao ser publico. – Sou parte de alguem!! diria

Levava assim a vida,
E por ela acabou se deixando levar,

Passando de mao em mao uma outra cura,
tentando dia sim dia nao uma outra droga.
anunciando no muro com lapis de olho
as sombras que delineam
o endereco de um novo bordel.
Mais um passo de inferno em direcao ao paraiso,

Ela tinha caracter
So’ lhe faltava oportunidade de usa-lo.
Mas nao dissimulava:
A lagrima e’ legitima
Autentica, nao podem comprar..

Abafa o suspiro aspero e inesperado
Da falta de mais um sentimento estuprado,
Abandonado nos travesseiros daquele lugar.

A desilusao supera a dor.
Como a vontade de dormir supera o sono.


Vina Schneider

**

Ale de Campo Grande na foto ...ficou demais .

sexta-feira, julho 01, 2005

Grandes verddades encobrem pequenas mentiras

*


Sentei numa mesa de bar com a minha propria pessoa
eu mesmo e mais ninguem

Me serviram felicidade em bandeja de prata,
A amizade em tacas de lata,
Amor em cuias de pedra.
-todos tinham nomes , datas
, etnias e herancas.
Mas faltava o Rotulo!

Nao tinha dinheiro nenhum na carteira e
A minha pessoa foi quem pagou.


Meu Sentimentos pertencem a Outra pessoa
Quando chega a hora de
acertar as contas.




*


Sempre me veem sentado na janela E as vezes me veem atirado no chao
Mas nunca emcima do muro

todos os dedos polegares e/ou do meio

para Vina Schneider



sábado, junho 25, 2005

Fernanda Sangue


descobri a garota sangue bom que Fernanda abreu diz ser:
o sangue dela e' realmente musical.
como pude eu fechar a mente e a cara pra essa mulher por
taaaaaaanto tempo???
Olha pra isso>
>
Rio 40 graus
cidade maravilha purgatório da beleza e do caos
capital do sangue quente do Brasil
capital do sangue quente do melhor e do pior do Brasil
cidade sangue quente maravilha mutante
o rio é uma cidade de cidades misturadas
o rio é uma cidade de cidades camufladas
com governos misturados,
camuflados, paralelos sorrateiros
ocultando comandos
comando de comando submundo oficial
comando de comando submundo bandidaço
comando de comando submundo classe média
comando de comando submundo camelô
comando de comando submáfia manicure
comando de comando submáfia de boate
comando de comando submundo de madame
comando de comando submundo da TV
submundo deputado - submáfia aposentado
submundo de papai - submáfia da mamãe
submundo da vovó - submáfia criancinha
submundo dos filhinhos
na cidade sangue quente
na cidade maravilha mutante
rio 40 graus...
quem é dono desse beco?quem é dono dessa rua?
de quem é esse edifício?de quem é esse lugar?
é meu esse lugar
sou carioca
eu quero meu crachá
sou carioca
"canil veterinário é assaltado liberando
cachorrada doentia atropelando
na xuxa das esquinas de macumba violenta
escopeta de sainha plissada
na xuxa das esquinas de macumba violeta
escopeta de shortinho de algodão
"cachorrada doentia do Joá
cachorrada doentia São Cristóvão
cachorrada doentia Bonsucesso
Cachorrada doentia Madureira
Cachorrada doentia da Rocinha
cachorrada doentia do Estácio
na cidade sangue quente
na cidade maravilha mutante
rio 40 graus...
a novidade cultural da garotada
favelada, suburbana, classe média marginal
é informática metralha
sub-azul equipadinha com cartucho musical
de batucada digital
meio batuque inovação de marcação
pra pagodeira curtição de falação
de batucada com cartucho sub-uzi
de batuque digital,
metralhadora musicalde marcação invocação
pra gritaria de torcida da galera funk
de marcação invocação
pra gritaria de torcida da galera samba
de marcação invocaçãopra gritaria de torcida da galera tiroteio
de gatilho digital
de sub-uzi equipadinha
com cartucho musical de contrabando militar
da novidade cultural da garotada da favelada
suburbana de shortinho e de chinelo
sem camisa carregando sub-uzi
e equipadinhacom cartucho musical
de batucada digital na cidade sangue quente
na cidade maravilha mutante
rio 40 graus
cidade maravilha
purgatório da beleza e do caos
Obs .:
a BLITZ continua sendo uma Merda.
Opiniao de
Vina Schneider

sexta-feira, junho 24, 2005

dA LOuCurA

Eu nunca soube me expressar e nem por isso me considero o incompreendido.Meu atos sempre foram mal interpretados , mas todo mundo acaba sabendo o que significa.
Nem seMpre sabem o motivo.




Uns riem
Outros correm ,
Seriamos todos loucos de pedra
mas as pedras sao as unicas que nao se comovem.
Entao somos loucos de vida
Por que a vida sem loucura e’ um porre.

Somos loucos de poucos

Ja’ que a maioria nao tem coragem
De ser louco de si mesmo
Um louco vive a loucura do outro.

vagabundo nao pode ser louco
Por que nao quer compromisso com hora
de medicamento , de ter razao e de meditar.
Hora de viajar e chegar

O que mais agrada a um louco e’ a certeza do seu lar,
ali sua loucura pode comer um pouco a realidade e se recuperar.

Ao louco lhe falha a memoria pra pra contar as suas historias
Mas isso e’ porque tem muita coisa pra lembrar.
Tudo na vida e’ atual
Mas quem se julga normal tambem nao consegue lembrar



As linhas que desenho no meu caminho
Sao o rastro da minha trajetoria.
Sao tortas porque tortas foram minhas saidas
Mas todas elas foram minhas,Se era a certa nao importa


Vina Schneider

domingo, junho 05, 2005

Vidda Inoperante

Aplaudam ele que caminha antre nos
Aplaudam seu Jorge e so.
Equilibra na ponta do lapis os pes do trapezista de prateleira de mercado
Todo mes e’ um pacote
a menos
Todo ano uma boca a mais.

E o emprego ...

Preenche o milione’simo papel sem destinatario,
Mais um
p
ra encher prateleira.
Quem sabe se nessa bagunca Maria nao pega um bico de faxineira


Vina Schneider

quinta-feira, junho 02, 2005


extrana conspiracion de sensaciones.

EU bebo sim..




A vida e’ um papel em branco pra quem quer escrever uma poesia.
So’ nos dao uma pagina.
Como nao sou poeta , usei a minha folha so’ pra enrolar.






Sempre quis subir numa cadeira e dizer tudo o que penso,
Mas o
alcool me derrubou no primeiro degrau
E trouxe comigo o palhaco , o picadeiro, a lona e o pau.





Cervejado est jovennicius
Em nome do pai velho , do espirito barreiro e do gole do santo.
Amen
Doin
pra acompanhar ,e’ afrodisiaco e estimula as glandulas beberativas
Que funcionam como absorventes de cevadas e destilados....
e tb por que um tira gosto abre o apetite liquido
Do individuo que se derrete todo pela primeira loira gelada do balcao.





Quem nao entrega as pontas
Quando quem menos se espera apronta?
Arapuca malvada mas um dia agente desconta,
Por que o perfume nao e’ a unica coisa que traz ao queijo o rato!
Quando voce nao estiver olhando vou te roubar um beijo estalado.



nesse mar de sertao
que e' vivo que grite , popr que o cabra e' cego
e a boia -fria

terça-feira, maio 31, 2005

y la Mano Negra


"...y una mano
(con solemne respeto)
abriera la boca de papel de los poetas
y cantara la voz de los que ya se fueron
y permanecen sembrando palabras en el viento... Ojala' que volaran las hojas de los libros
como pajaros
y fueran a posarse en la ventana del burocrata
y prosas y poemas azotaran su indiferente realidad. "


de
María Elena
AltamiramTamaulipas,
México12 de Noviembre del 2004
com arte de Manu Chao


Pronto final. VS

sempre perdido







Por onde andara minha poesia?
Ontem a noite quando sai de mim
A deixei jogada na gaveta ,
Desarrumada ,desamparada,
Cheia de poeira e rejeicao,
Derramei duvida nas minhas palavras,
E sai de mim.

Fora eu sou mais leve ... as palavras pesam ,
No embaralho da mente defumada
Esqueco.
No embalo escrevo, e esqueco .

Vina Schneider

quinta-feira, maio 19, 2005

Beatricce

depois da longa ausencia provocada pela preguica e pelo desinteresse nesse espaco , voltei pra postar uma poesia especialmente para uma ds minhas musas inspiradoras
Bia

No quintal de um sorriso sem mulher


Ele chegara’ sem ser anunciado.
Vai sentar no banco do teu jardim ,
Colher uma flor acerca dos seus pes descalcos
E com sua voz quase sonolenta te mostrar que as
Melhores rosas tambem tem seus espinhos.

Ele vai tocar seu cabelo como quem beija um pedaco de ceu,
Como quem respira um pedaco de ser vivo,
E teus olhos e teus pes perderao a razao da terra em que pisa,
Tua alma se partira’ em tres pedacos iguais
Que co-existirao docemente por eternos 5 segundos .
Teus seios se preencherao com suco de vida
Teu sexo tambem.
As pontas dos seus dedos como antenas de formigas
sentirao o vibrar das cordas Vocais de uma sereia
e teu coracao esquecera’ de bater por duas pulsacoes seguidas.

E voce em pensamento dira que a vida e’ mesmo tao boa
Quanto dizem aqueles que estao a beira da morte.


Entao ele levantara’ , suas asas se espalharao pelo teu horizonte
E inflara’ o peito como uma passaro de morte que prepara
O voo final,
Voce sentira’ que o teu jardim comeca a se desfazer
Em flocos de neves coloridos que afogam os outros passaros ao voar,
Sem nunca deixar de brilhar. Sem nunca deixar existir .

Quando finalmente voce se livrar da terceira lagrima que afunda teus olhos
Ele ja’ tera partido para o infinito das fotografias
Por entre as arvores do teu quintal.

E voce em pensamento dira que a vida e’ feita de orgasmos ilusorios
E lembrancas arrancadas de um frasco de comprimidos.



Vina Schneider

segunda-feira, janeiro 31, 2005

Meddo

Tenho medo
Da vida que levo ,
do rumo que tomo
do caldo que ferve
minh’alma que torna
a temer o que chega
a negar o que forma
iludir-se que pode
desmetir o recado
omitir o que sonha

tenho medo
do meu ponto final
do meu toque retal
do golpe mortal
do abandono

tenho medo
da curva que nao chega
da chuva que nao para
diluindo em correnteza
minha valentia de momento
meu escudo de vento
pintado em verde zen
tenho medo do esquecimento



Vina Schneider



segunda-feira, janeiro 24, 2005

Apaguei a luzz do meu Iglu

Saudacoes do abbominavel homem das neves que congela a bundda neste fim de semana ilhado dentro de casa por motivo de forca (beeeeem) maior.
Descobri hoje o site oficial de um cara que eu me amarrro de montao que e’ o Nando Reis .Puta compositor , cantor , produtor , diretor e mais um tanto de “or” que completam a ficha tecnica de um cara tao tecnico quanto vibbrrante.
O legal da pagina dele e’ que alem das informacoes basicas voce pode ouvir TODDAS as musicas dos 5 cds dele. Nem preciso dizer que aqui em casa nao rolou cd nem radio hoje...nando reis na cabeca.
Devorei essa semana o livro Olga do Fernando Morais no caminhao, entre uma geladdeira e outra . Acho que desde “A historia do cerco de Lisboa” do Saramago eu nao lia um livro com tanta avidezz , com tanta vontade de engolir a proxxima pagina , e a proxxima , e a seguinte... Bao Merrmo.
Pra dar continuidade e reforco a leitura e compreensao da historia dessa Grande mulher , fui buscar uma biografia do L.C. Prestes na internet e tomei um tappa na cara quando me deparei com um livro de 80 Reais .....acho um absurdo um livro custar tao caro num pais que da’ tao pouco para a grande maioria da populacao.
!viva aos livros emprestados !
!viva aos compositores e a musica do Brasil !


! viva e so’!


+==+==+==+==+==*==+==+==+==+==+

Pecado Capital do Interior de minha pessoa


O que me impede hoje de terminar o que nao comecei ontem
E’ provavelmente a mesma forca que
Me traduz as letras em grunhidos secos:
A preguica.

Pecador por natureza me absolvo por culpa e so’.
Meu delito nao vem da natureza , do laboratorio ou do po’
Ele escorre por meus poros incansaveis , incontrolaveis
que nao podem ser presos
Ele corre por meus membros que despencam com o peso
inconsciente da mente

Minha preguica me observa de uma sacada no terceiro andar
de um apartamento
recolhe informacoes sobre minha infancia , juventude a maturidade
recorta mihas fotos e cola de novo em outros cenarios
para que eu possa estar em varios lugares sem sair da cidade.

Minha preguica luta ferozmente para me manter sentado
E quando se cansa , tira a minha camisa e se deita comigo,
Nao admite que perdeu a briga ,
Promete que recomeca quando estiver menos cansado.

Eu tento ,de verdade, nao me importar com a minha preguica
Finjo ver televesiao , escrever cartas pra amigos distantes
Enquanto fumo um cigarro bebendo uma coca-cola,
Olhando para o teto respirando um ar de indiferenca.
Nao abro a porta do quarto,
Nao me meto em conversas profundas,
Ignoro os altofalantes que me alertam sobre minha ignorancia.

Tenho preguica , e a alimento duas vezes ao dia
Feito um cachorro que eu prendi nas grades da saida do apartamento
E’ indesejavel , e’ malvinda
Mas duas vezes por dia eu a alimento.

So’ sou capaz de reconhecer que estou vivo
Quando o sol se cansa de bombardear meu rosto com seus
Dedos amarelos e intangiveis
Enquanto isso me arrasto sobre os sapatos com pes mal ajustados
Subindo e descendo escadas interminaveis
Mantendo relacoes com vizinhos dispensaveis.

-oi
-ola
- quebrou o dedo ?
–quebrei
–choveu?
- ta’ chovendo
– que ta’ fazendo?
-nada.To escrevendo.
- mas num dia lindo desses?
–tah chovendo!!!


Hmmm preguicoso.

Vina Schneider

sábado, janeiro 22, 2005

Sao Sebastiao do Meu

Rio de Janeiros , de Saudades , Rio de Desejos.



Posso descer a ladeira como quem flutua na espuma
Salgada da bahia de guababara.
Posso ser sabor
Posso ser veneno mortal
De noite sou pecado na Lapa
De dia vendo amor em Marechal.

Rodar a vida e contornar as montanhas ,
Apagar as luzes do olhos na entrada de um beco
Intimado , ameacado
Se perguntarem : nao sou ninguem.

Vou fugir dessa cidade de fogo cruzado
Refrescar os 40 graus no meu peito trancado
Dentro de casa , vivo nas ruas .

Meu vizinho de bracos abertos
Do alto do morro me acena
O meu medo de voar aperta
Meu calo de andar em Ipanema.

O onibus lotado , no domingo vazio
Pelo centro da cidade me escondo
Pelos cantos da cidade sozinho
Pelo compasso do samba entoado
Percebo no timbre se sou bem-vindo.

Nao te deixei Rio de Janeiro
Me emociona toda vez que te lembro.
Nao te deixei Rio
Pretendo voltar em Dezembro.


Vina Carioca Schneider


domingo, janeiro 16, 2005

NaO sei rezzar...

nem sei se tem mesmo alguem a quem eu deva me dirigir ...entao faco minhas rezzas pra mim mesmo . E coloco aqui.




Descrenca



Vem me beijar hoje por que meu chao se abre
Sem teus toques divinos de botao que desabrocha
Na tarde interminavel dessa minha vida
Que balanca na cadeira velha da sacada.

Vem me fazer dormir os teus sonhos
que sao meus anseios de homem ipotente e descrente.
Me protege no teu peito a prova de balas,
E prova que e’ bela
como sao as tardes na sacada.
E eu so’.

Sopra teu halito verde de campo aberto,
Puxa meu corpo pra perto,
Deixa eu dizer que te amo quando as nuvens
Passarem por sobre nossas cabecas
Enquanto seguro tua mao para aprender os
Caminhos da tua eternidade.

Canta pra me embalar nessa cadeira na sacada,
Por que a noite cai lenta no horizonte do meu nada.
Sozinho. Vem e me beija.

Vina Schneider




Amem....uns aos outros

quinta-feira, janeiro 13, 2005

quinta-feira, janeiro 06, 2005

LateNightPost

Nao consigo mais escrever nesse blog. Semppre que tento pensar em alguma coisa pra publicar , a porta das iddeias se fecham fazendo uma barulheira grande e desnecessaria. E' como se meus deddos fossem os segurancas responsaveis em vigiar as calcolas da Dercy Goncalves...ninguem tem interesse em saber como e'.


zip!

++ ++



Manga

Derrama no meu ouvido teus trelatos acucarados
De experiencias tantas,
Que afunda no prato raso da minha imaginacao
O resto da tua historia que os espinhos nao foram
Capazes de arranhar.
E eu arranhando um murmuro de ‘sim’ e ‘nao’ pra
Tentar te acompanhar.

Me serve em tua bandeja de cama macia
Os frutos que voce colheu,
Enquanto teus pes descalcos se esticavam na tentativa de
Alcancar o cume dessa arvore genealogica,
(pois sei que teu pai era filosofo e tua mae rezadeira )
Rocando de leve tua coxa branca nos ramos
Da minha mangueira

Teu caldo de carinho gosto de beber aos poucos,
De gole em gole,
Por que mel demais estraga nossa mistura.
Tenho que ser rude pra assustar voce e ter certeza de
Que tua cara e’ so’ tua.

Eu devia mesmo ter beijado voce
Nos ultimos degraus daquela subida,
Queria muito poder salvar na boca o suspiro
Do vento que me levou ...
E o sal da lagrima da tua partida.

Parto meu caroco em dois tentando me entender por dentro
Enquanto percebo que voce
Conhece meu cheiro de longe ,
Conhece meu destino , meu quando
Meu onde.

Vina Schneider


++ ++

acabei de assistir a um filme chamado "Iron Jawed Angels" , sobre Alice Paul , ativista e fundadora do National Women Party , na decada de 20 .
Sem levar em conta que o po de pirlimpimpim de Hollywood(que pode transformar as adolescentes subnutridas da Somalia em Naomi Campbells) tenha sido derramado na lente da camera , o filme e' bom . Recomendado

Viva as Spice Girls !

Noches