sábado, janeiro 22, 2005

Sao Sebastiao do Meu

Rio de Janeiros , de Saudades , Rio de Desejos.



Posso descer a ladeira como quem flutua na espuma
Salgada da bahia de guababara.
Posso ser sabor
Posso ser veneno mortal
De noite sou pecado na Lapa
De dia vendo amor em Marechal.

Rodar a vida e contornar as montanhas ,
Apagar as luzes do olhos na entrada de um beco
Intimado , ameacado
Se perguntarem : nao sou ninguem.

Vou fugir dessa cidade de fogo cruzado
Refrescar os 40 graus no meu peito trancado
Dentro de casa , vivo nas ruas .

Meu vizinho de bracos abertos
Do alto do morro me acena
O meu medo de voar aperta
Meu calo de andar em Ipanema.

O onibus lotado , no domingo vazio
Pelo centro da cidade me escondo
Pelos cantos da cidade sozinho
Pelo compasso do samba entoado
Percebo no timbre se sou bem-vindo.

Nao te deixei Rio de Janeiro
Me emociona toda vez que te lembro.
Nao te deixei Rio
Pretendo voltar em Dezembro.


Vina Carioca Schneider


Um comentário:

Anônimo disse...

RIO desigual em suas formas , nada estruturais, nada ineares. "desejo, necessidade, vontade"... Aqui a "gente não quer só comida, a gente quer comida , diversão e arte..."
saudades arrebatam um coração qualquer. mas ser carioca é diferente de qualquer cidadania de qualquer lugar do mundo...
ser carioca é ter a consciência de que se ama , mesmo com todas as dificuldades...
è saber que é você quem estaá aqui, mas vem outro de fora e leva o que é seu.
è calar com a hora do silêncio, mas falar por metáforas.
ai, ai, Rio...
Um rio partido...
cidade partida
rateada...
quero ficar com um dozeavo, tá bom.
do que tempera a arte, a cultura a a felicidade.