domingo, fevereiro 19, 2006

Vi uns amigos falando sobre a primeira poesia de suas vidas...e me senti mal por nao saber recitar a peosia q me fez despertar o interesse pelo campo.


Trago entao:


ISMÁLIA

Quando Ismália enlouqueceu,
pôs-se na torre a sonhar
viu uma lua no céu
viu outra lua no mar

no sonho em que se perdeu,
banhou-se toda em luar,
queria subir ao cëu
queria descer ao mar

e no desvario seu
na torre pôs-se a cantar
estava perto do céu
estava longe do mar

e como um anjo
pendeu as asas para voar
queria a lua do céu
queria a lua do mar

as asas que Deus lhe deu
ruflaram de par em par
sua alma subiu ao céu
seu corpo desceu ao mar



Alphonsus de Guimarães

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

Nada de Cheiro

Nada de Cheiro



Amanheceu
Exatamente como ontem e sempre
E o dia que surgia nem percebeu
Que voce nao estava presente.
A cidade despertava na surdina
As pessoas sem pressa pra viver
Jornal, cafe e sono na esquina
Mas sem voce.

Ninguem viu voce partir,
Nenhum olhar testemunhou
So’ o vazio severo pra revelar que
As cores de antes ja nao estavam ali.
Na cama
             um so’,
No tapete
             os passos,
No ar
         um nada de cheiro,
A mesa posta um copo vazio.
       Mas de voce nem meio.

Quantas horas, quantas contas
Quantas coisas nao pararam,
Nao calaram.
Simplesmente chegavam ,
        !BOMDIA!
E passavam.

Caiu a noite
Exatamente como sempre e ontem.
E ja nao lembrava se voce vinha ou nao
Mas a luz ficou acesa
A porta entreaberta
E o travesseiro no colchao.



Vina Schneider