segunda-feira, janeiro 31, 2005

Meddo

Tenho medo
Da vida que levo ,
do rumo que tomo
do caldo que ferve
minh’alma que torna
a temer o que chega
a negar o que forma
iludir-se que pode
desmetir o recado
omitir o que sonha

tenho medo
do meu ponto final
do meu toque retal
do golpe mortal
do abandono

tenho medo
da curva que nao chega
da chuva que nao para
diluindo em correnteza
minha valentia de momento
meu escudo de vento
pintado em verde zen
tenho medo do esquecimento



Vina Schneider



segunda-feira, janeiro 24, 2005

Apaguei a luzz do meu Iglu

Saudacoes do abbominavel homem das neves que congela a bundda neste fim de semana ilhado dentro de casa por motivo de forca (beeeeem) maior.
Descobri hoje o site oficial de um cara que eu me amarrro de montao que e’ o Nando Reis .Puta compositor , cantor , produtor , diretor e mais um tanto de “or” que completam a ficha tecnica de um cara tao tecnico quanto vibbrrante.
O legal da pagina dele e’ que alem das informacoes basicas voce pode ouvir TODDAS as musicas dos 5 cds dele. Nem preciso dizer que aqui em casa nao rolou cd nem radio hoje...nando reis na cabeca.
Devorei essa semana o livro Olga do Fernando Morais no caminhao, entre uma geladdeira e outra . Acho que desde “A historia do cerco de Lisboa” do Saramago eu nao lia um livro com tanta avidezz , com tanta vontade de engolir a proxxima pagina , e a proxxima , e a seguinte... Bao Merrmo.
Pra dar continuidade e reforco a leitura e compreensao da historia dessa Grande mulher , fui buscar uma biografia do L.C. Prestes na internet e tomei um tappa na cara quando me deparei com um livro de 80 Reais .....acho um absurdo um livro custar tao caro num pais que da’ tao pouco para a grande maioria da populacao.
!viva aos livros emprestados !
!viva aos compositores e a musica do Brasil !


! viva e so’!


+==+==+==+==+==*==+==+==+==+==+

Pecado Capital do Interior de minha pessoa


O que me impede hoje de terminar o que nao comecei ontem
E’ provavelmente a mesma forca que
Me traduz as letras em grunhidos secos:
A preguica.

Pecador por natureza me absolvo por culpa e so’.
Meu delito nao vem da natureza , do laboratorio ou do po’
Ele escorre por meus poros incansaveis , incontrolaveis
que nao podem ser presos
Ele corre por meus membros que despencam com o peso
inconsciente da mente

Minha preguica me observa de uma sacada no terceiro andar
de um apartamento
recolhe informacoes sobre minha infancia , juventude a maturidade
recorta mihas fotos e cola de novo em outros cenarios
para que eu possa estar em varios lugares sem sair da cidade.

Minha preguica luta ferozmente para me manter sentado
E quando se cansa , tira a minha camisa e se deita comigo,
Nao admite que perdeu a briga ,
Promete que recomeca quando estiver menos cansado.

Eu tento ,de verdade, nao me importar com a minha preguica
Finjo ver televesiao , escrever cartas pra amigos distantes
Enquanto fumo um cigarro bebendo uma coca-cola,
Olhando para o teto respirando um ar de indiferenca.
Nao abro a porta do quarto,
Nao me meto em conversas profundas,
Ignoro os altofalantes que me alertam sobre minha ignorancia.

Tenho preguica , e a alimento duas vezes ao dia
Feito um cachorro que eu prendi nas grades da saida do apartamento
E’ indesejavel , e’ malvinda
Mas duas vezes por dia eu a alimento.

So’ sou capaz de reconhecer que estou vivo
Quando o sol se cansa de bombardear meu rosto com seus
Dedos amarelos e intangiveis
Enquanto isso me arrasto sobre os sapatos com pes mal ajustados
Subindo e descendo escadas interminaveis
Mantendo relacoes com vizinhos dispensaveis.

-oi
-ola
- quebrou o dedo ?
–quebrei
–choveu?
- ta’ chovendo
– que ta’ fazendo?
-nada.To escrevendo.
- mas num dia lindo desses?
–tah chovendo!!!


Hmmm preguicoso.

Vina Schneider

sábado, janeiro 22, 2005

Sao Sebastiao do Meu

Rio de Janeiros , de Saudades , Rio de Desejos.



Posso descer a ladeira como quem flutua na espuma
Salgada da bahia de guababara.
Posso ser sabor
Posso ser veneno mortal
De noite sou pecado na Lapa
De dia vendo amor em Marechal.

Rodar a vida e contornar as montanhas ,
Apagar as luzes do olhos na entrada de um beco
Intimado , ameacado
Se perguntarem : nao sou ninguem.

Vou fugir dessa cidade de fogo cruzado
Refrescar os 40 graus no meu peito trancado
Dentro de casa , vivo nas ruas .

Meu vizinho de bracos abertos
Do alto do morro me acena
O meu medo de voar aperta
Meu calo de andar em Ipanema.

O onibus lotado , no domingo vazio
Pelo centro da cidade me escondo
Pelos cantos da cidade sozinho
Pelo compasso do samba entoado
Percebo no timbre se sou bem-vindo.

Nao te deixei Rio de Janeiro
Me emociona toda vez que te lembro.
Nao te deixei Rio
Pretendo voltar em Dezembro.


Vina Carioca Schneider


domingo, janeiro 16, 2005

NaO sei rezzar...

nem sei se tem mesmo alguem a quem eu deva me dirigir ...entao faco minhas rezzas pra mim mesmo . E coloco aqui.




Descrenca



Vem me beijar hoje por que meu chao se abre
Sem teus toques divinos de botao que desabrocha
Na tarde interminavel dessa minha vida
Que balanca na cadeira velha da sacada.

Vem me fazer dormir os teus sonhos
que sao meus anseios de homem ipotente e descrente.
Me protege no teu peito a prova de balas,
E prova que e’ bela
como sao as tardes na sacada.
E eu so’.

Sopra teu halito verde de campo aberto,
Puxa meu corpo pra perto,
Deixa eu dizer que te amo quando as nuvens
Passarem por sobre nossas cabecas
Enquanto seguro tua mao para aprender os
Caminhos da tua eternidade.

Canta pra me embalar nessa cadeira na sacada,
Por que a noite cai lenta no horizonte do meu nada.
Sozinho. Vem e me beija.

Vina Schneider




Amem....uns aos outros

quinta-feira, janeiro 13, 2005

quinta-feira, janeiro 06, 2005

LateNightPost

Nao consigo mais escrever nesse blog. Semppre que tento pensar em alguma coisa pra publicar , a porta das iddeias se fecham fazendo uma barulheira grande e desnecessaria. E' como se meus deddos fossem os segurancas responsaveis em vigiar as calcolas da Dercy Goncalves...ninguem tem interesse em saber como e'.


zip!

++ ++



Manga

Derrama no meu ouvido teus trelatos acucarados
De experiencias tantas,
Que afunda no prato raso da minha imaginacao
O resto da tua historia que os espinhos nao foram
Capazes de arranhar.
E eu arranhando um murmuro de ‘sim’ e ‘nao’ pra
Tentar te acompanhar.

Me serve em tua bandeja de cama macia
Os frutos que voce colheu,
Enquanto teus pes descalcos se esticavam na tentativa de
Alcancar o cume dessa arvore genealogica,
(pois sei que teu pai era filosofo e tua mae rezadeira )
Rocando de leve tua coxa branca nos ramos
Da minha mangueira

Teu caldo de carinho gosto de beber aos poucos,
De gole em gole,
Por que mel demais estraga nossa mistura.
Tenho que ser rude pra assustar voce e ter certeza de
Que tua cara e’ so’ tua.

Eu devia mesmo ter beijado voce
Nos ultimos degraus daquela subida,
Queria muito poder salvar na boca o suspiro
Do vento que me levou ...
E o sal da lagrima da tua partida.

Parto meu caroco em dois tentando me entender por dentro
Enquanto percebo que voce
Conhece meu cheiro de longe ,
Conhece meu destino , meu quando
Meu onde.

Vina Schneider


++ ++

acabei de assistir a um filme chamado "Iron Jawed Angels" , sobre Alice Paul , ativista e fundadora do National Women Party , na decada de 20 .
Sem levar em conta que o po de pirlimpimpim de Hollywood(que pode transformar as adolescentes subnutridas da Somalia em Naomi Campbells) tenha sido derramado na lente da camera , o filme e' bom . Recomendado

Viva as Spice Girls !

Noches