terça-feira, outubro 10, 2006

Juri Popular


Juri Popular



(image placeholder)

Lance no ar o teu medo de deixar voar
O pensamento que te atira do decimo segundo andar
Nas ruas perifericas dessa capital
O grande sertao da calcada e’ agora teu quintal
A chuva teu banheiro privado e exclusivo
Te lava as pernas nessa jacuzzi ja’ cozida
O sol vai te enxugar os cabelos
E o arbusto esconder tuas sobras
Depois deitar na tua cama cinza e dura
E o telao da noite sem nuvens vai exibir
A reprise  da lua cheia que tras
Gravada na sua superficie rochosa
O meu nome riscado com a espada de sao jorge
Pois foi voce a unica testemunha ocular de minha morte
Quando prometi pra voce roubar um estrela
E despenquei do galho mais alto da laranjeira
Sem jeito esbarrei num cometa
Que desenhava em seu rastro luminoso
A saga da tua familia
Com os detalhes sordidos que teu sangue quis esconder
Descobri  os teus segredos
E o vento frio da vergonha fez voce tremer.
Mas nao feche os olhos ainda meu amor
Nao tenha pressa de fugir a minha presenca
Por que meu riso e’ sincero e nao julga tua sentenca
Nao vou perdoar os teus pecados pq nasci Povo nao Clero
Nao creio que eu vou lhe apontar o que e’ ou nao  certo
Mas sempre que puder,eu quero.




Vina Schneider

2 comentários:

Aline Sampin disse...

Perfeito! Adorei o poema, como sempre! Você tem um talento enorme para escrever. É uma fonte de inspirãção para as minhas escritas desse mundo! Adoro esse blog! rs.

bjos.

Anônimo disse...

Bem o q segue abaixo não tem muito haver pra hoje ,hehe
faz um mês q a defesa civil levou o corpo abandonado do vizinho q nem conheci porém o cão q foi deixado pra trás no quintal há em breve de ser raptado por mim numa madrugada sem chuva,
porém creio q irás concordar q devemos poemas ou poema aos cães vadios q amamos e lamentamos por não termos como cuidar de todos,
e este veio a calhar,da parte de um outro grande amigo meu!
inté Exúvia HL!

"A Um Cão Vadio
Te compreendo amigo.
Vagas a sós mendigando
comida e carinho.
Os olhares se privam
de sua presença.
Já não lates a estranhos,
não corres atrás de rodas
ou te escondes de rojões.
Sobrevives solitário e apático
dentro de seu território demarcado.
Tu é magro, amigo,
de dar dó.
Pêlos brancos, empoeirados,
curtos e desgastados.
Focinho fino, olhos negros
e tristes sem nehuma consolação...
Como a lua encoberta
pelas nuvens,
que já não te inspiras fé
para saudá-la e cortejá-la
com teu uivo."

by Romulo Narducci