(a dificil missao de deixar de fumar)
Um pedaco de mim ficou preso ao ultimo cigarro que eu acendi
Nao sei se na boca , nao sei se na ponta
Nao sei se queimou com a chama ou se eu cuspi com a coca
Talvez tenha se fixado na ponta amarelada dos meus dedos
Ou talvez na fumaca que eu presenteei a atmosfera
Nao sei
Mas algo ficou pra tras.
Senti-me Nu quando pela primeira vez cheguei em casa e nao acendi um cigarro
Mas , hey , eu estava mesmo nu
Ja nao me lembro bem como era boa a sensacao de me sentar ao trono
Munido de jornal e um cigarro , e todo o universo de azulejos bege e branco
Que ecoavam a minha voz e retinham os meus pensamentos flutuando
Como se fosse ali o ninho de uma aguia
Isolado de toda humanidade , se preparando para espalhar suas asas pelo mundo
No exato momento em que a porta do banheiro fosse aberta
Senti-me sozinho quando, no outro dia de manha
Depois de vestido e alimentado
Encarei a rua de maos vazias , como um menino que parte para o colegio
sem seu dever de casa , certo de que sua nota bimestral sera gravemente alterada.
Como acalento , pus na boca um singelo Tic-Tac
Pior foi entrar no carro , sentar ao banco do motorista
Dar partida e ligar o radio
Sem levar a mao `a boca nem uma unica vez.
Abri os vidros apenas por costume
Mas o excesso de oxigenio e a falta de nicotina me forcaram a fecha-lo
Antes da primeira curva.
No trabalho ninguem notou
Mas meu olhar carregava um Que de solidao
E minha boca salivava de forma incomum enquanto observava o patio exterior
Onde meus companheiros de almoco nao sentiram minha falta.
Na minha mesa ,apenas eu , meu lanche e o dissimulado Tic-Tac chacoalhando
Como guizo de serpente .
Como por crueldade , alguem me pediu um cigarro
-- Desculpe-me --
Nao me prendi a explicacoes , nem ele tinha tempo para elas
Na mesa seguinte outra pessoa poderia ajudar-lo.
Na volta pra casa passei na padaria
Pedi o pao ,o leite , queijo e manteiga e sorri.
O balconista , velho conhecido meu , comentou sobre o nosso triste Mengao
3x1 dentro de casa tinha sido o fim da picada
Jamais teria eu me dado conta de que
Ao deixar de fumar , deixaria tambem de PAGAR pelo cigarro
Ainda assim o preco do meu pedido soaria extranhamente alto a um cliente mais atento.
Chegando em casa fui recebido com um abraco apertado e feliz da minha namorada
Que disse adorar o novo sabor que eu trazia na boca.
Pra quem se acostumou a lamber um cinzeiro , chupar um Tic-Tac era emocionante.
Parti mais uma vez nu para o banheiro
Minha cupula de concentracao
Meu recanto seguro e quente , bem iluminado e em breve mal-cheiroso
Quando de repente ouco na cozinha um murro na mesa e um grito:
- Vina seu descarado , mentiroso ,viciado
Voce prometeu que ia parar de fumar!
Filho-da-puta ! por isso que tu e’ balconista a 7 anos ...
Vina Schneider
que ontem completou seu TERCEIRO mes longe do Caretao
quarta-feira, maio 03, 2006
segunda-feira, maio 01, 2006
Seu jorge Mundial
Irving Plaza
27 de Abril de 2006

O Brasil que o Mundo inteiro Prrecisa Conhecerr
*******************************************************
Pretinha
Fa�o tudo pelo nosso amor
Fa�o tudo pelo bem de nosso bem (meu bem)
A saudade � minha dor
Que anda arrasando com meu cora��o
N�o Duvide que um dia
Eu te darei o c�u
Meu amor junto com um anel
Pra gente se casar
No cart�rio ou na igreja
Se voc� quiser
Se n�o quiser, tudo bem (meu bem)
Mas tente compreender
Morando em S�o Gon�alo voc� sabe como �
Hoje a tarde a ponte engarrafou
E eu fiquei a p�
Tentei ligar pra voc�
O orelh�o da minha rua
Estava escangalhado
Meu cart�o tava zerado
Mas voc� cr� se quiser...
Sao Gonca
By Seu Jorge
O vina esteve La� Pra Conferir eh Craro
27 de Abril de 2006

O Brasil que o Mundo inteiro Prrecisa Conhecerr
*******************************************************
Pretinha
Fa�o tudo pelo nosso amor
Fa�o tudo pelo bem de nosso bem (meu bem)
A saudade � minha dor
Que anda arrasando com meu cora��o
N�o Duvide que um dia
Eu te darei o c�u
Meu amor junto com um anel
Pra gente se casar
No cart�rio ou na igreja
Se voc� quiser
Se n�o quiser, tudo bem (meu bem)
Mas tente compreender
Morando em S�o Gon�alo voc� sabe como �
Hoje a tarde a ponte engarrafou
E eu fiquei a p�
Tentei ligar pra voc�
O orelh�o da minha rua
Estava escangalhado
Meu cart�o tava zerado
Mas voc� cr� se quiser...
Sao Gonca
By Seu Jorge
O vina esteve La� Pra Conferir eh Craro
sexta-feira, abril 21, 2006
Rito de Protecao
Rito de Protecao
Minha Mae , minha Lua,
Che Guevara e minha Nacao,
Guardem minha hora , meu destino,
Me deem forca e protecao,
Guiando no escuro a minh’Alma,
Me deem calma pra tomar cada decisao.
Levantem poeira quando eu me esquivar,
E ceguem meus inimigos ate que eu esteja,
Em terreno seguro , de casa familia,
Abafando meus passos , me proteja.
Suporte minha cabeca sobre meus ombros
E nao a deixe tombar com a derrota,
Me faca ver que em cada luta
Um precisa deitar para o outro subir.
Se hoje e meu dia de lamentar ,
Amanha seja ele de sorrir.
Me permitam chorar
Nao mais que o suficiente,
Para lavar meus olhos do que for preciso,
Devolvam a eles o desejo e o brilho,
A clareza pra ver atraves da fumaca
Cada passo uma barreira que meu corpo ultrapassa.
Minha Mae , minha Lua ,
Che Guevara e minha Nacao,
Permitam-me cumprir meu destino
Guiando-me sempre pela Mao.
Assim Seja
Vina Schneider
Minha Mae , minha Lua,
Che Guevara e minha Nacao,
Guardem minha hora , meu destino,
Me deem forca e protecao,
Guiando no escuro a minh’Alma,
Me deem calma pra tomar cada decisao.
Levantem poeira quando eu me esquivar,
E ceguem meus inimigos ate que eu esteja,
Em terreno seguro , de casa familia,
Abafando meus passos , me proteja.
Suporte minha cabeca sobre meus ombros
E nao a deixe tombar com a derrota,
Me faca ver que em cada luta
Um precisa deitar para o outro subir.
Se hoje e meu dia de lamentar ,
Amanha seja ele de sorrir.
Me permitam chorar
Nao mais que o suficiente,
Para lavar meus olhos do que for preciso,
Devolvam a eles o desejo e o brilho,
A clareza pra ver atraves da fumaca
Cada passo uma barreira que meu corpo ultrapassa.
Minha Mae , minha Lua ,
Che Guevara e minha Nacao,
Permitam-me cumprir meu destino
Guiando-me sempre pela Mao.
Assim Seja
Vina Schneider
segunda-feira, março 20, 2006
* * *
* Conheci um dia um Poeta
Ele vivia bem perto de mim
Parecia um elefante de tAo espaCoso
Trocava um verso por um amedoin
Parecia um maestro de tAo cuidadoso
Cada palavra era um gesto de precisAo
como se montasse um grande projeto arquitetOnico
de perigosa proporCAo
em que qualquer deslize pode ser Fatal
** Poesia nao me desce pela garganta
Cada vez que me toca o palato
se debate como bicho selvagem em corrente eletrica-sanguinea
Desferindo golpes desmedidos nas paredes inchadas da minha traqueia
Arrastando suas laminas nas minhas cordas vocais vibrantes
Ate se prender na altura do crucifixo que carrego
desde os tempos de menino ,
quando fugia as aulas de anatomia...
Por essas e outras nao me desce a poesia.
***Vina Schneider
quinta-feira, março 16, 2006

Amor `a Exaustao
Duvido que eu possa vir no mundo a conhecer
Vista mais apreciada que seu rosto de perfil
Apoiado na minha perna dormente
Enquanto voce cochila
Aconchegando seu corpo no meu colo
Lentemante
Um palmo por suspiro
Um sorriso por carinho ,
Duvido que meus ouvidos possam vir a escutar
Melhor reclamacao que seus gemidos sonolentos
Quando sente que meus dedos se afastam de tua pele ericada.
Nao te nego esse carinho!
entenda.
E somente um momento de fraqueza onde
Deixo que a dor latejante de um musculo insignificante
Fale mais alto que o prazer de te dar prazer.
Nao creio que haja orgao mais resistente no meu corpo
Que o coracao que trago ja� a boca.
Me impressiona a facilidade elastica dele
Ao se inflar em deleite `a sua visao
Se expandindo geograficamente para so� assim
Ser capaz de suportar dentro dele esse amor que transborda
Pelo canto da minha boca...
Impressiona tambem a forma como ele se contrai
Para esconder-se atras de uma costela
Quando percebe estar sozinho e longe do teu abraco apertado...
Vina Schneider
**********************
�...Minha cama e� teu
Colo
Onde realizo meu sonho
De te Amar
A vida inteira...�
VS
domingo, março 05, 2006
5 Minutos
Presto aqui meu respeito pelas pessoas que cruzam nosso caminhos nos momentos mais inesperados (por vezes inoportunos) e que deixam marcada uma memoria qualquer , que mais tarde , nos intriga a refletir sobre o tempo e a continuidade de cada ser humano sobre a terra .
Segue trechos de um poema Azteca de
NEZAHUALCOYOTL (coyote hambriento)
Rei de Texcoco (1403-1472)
:
“…All the earth is a grave and nothing escapes it, nothing is so perfect that it does not descend to its tomb.
Rivers, rivulets, fountains and waters flow, but never return to their joyful beginnings;
anxiously they hasten on the vast realms of the rain god.
As they widen their banks, they also fashion the sad urn of their burial…
…'When we die,truly we die not,because we will live, we will rise,we will continue living, we will awakenThis will make us happy'…
…Even jade is shattered,Even gold is crushed,Even quetzal plume are torn . . .One does not live forever on this earth:We endure only for an instant! …
…Our song is a bird calling out like a jingle:how beautiful you make it sound!Here, among flowers that enclose us,among flowery boughs you are singing…”
A diferenca entre cada homem esta nas marcas deixadas por onde ele passa,
no comeco era a Luz , no fim so’ a memoria.
Doe Amor.
Vina Schhh.............
domingo, fevereiro 19, 2006
Vi uns amigos falando sobre a primeira poesia de suas vidas...e me senti mal por nao saber recitar a peosia q me fez despertar o interesse pelo campo.
Trago entao:
ISMÁLIA
Quando Ismália enlouqueceu,
pôs-se na torre a sonhar
viu uma lua no céu
viu outra lua no mar
no sonho em que se perdeu,
banhou-se toda em luar,
queria subir ao cëu
queria descer ao mar
e no desvario seu
na torre pôs-se a cantar
estava perto do céu
estava longe do mar
e como um anjo
pendeu as asas para voar
queria a lua do céu
queria a lua do mar
as asas que Deus lhe deu
ruflaram de par em par
sua alma subiu ao céu
seu corpo desceu ao mar
Alphonsus de Guimarães
Trago entao:
ISMÁLIA
Quando Ismália enlouqueceu,
pôs-se na torre a sonhar
viu uma lua no céu
viu outra lua no mar
no sonho em que se perdeu,
banhou-se toda em luar,
queria subir ao cëu
queria descer ao mar
e no desvario seu
na torre pôs-se a cantar
estava perto do céu
estava longe do mar
e como um anjo
pendeu as asas para voar
queria a lua do céu
queria a lua do mar
as asas que Deus lhe deu
ruflaram de par em par
sua alma subiu ao céu
seu corpo desceu ao mar
Alphonsus de Guimarães
sexta-feira, fevereiro 03, 2006
Nada de Cheiro
Nada de Cheiro
Amanheceu
Exatamente como ontem e sempre
E o dia que surgia nem percebeu
Que voce nao estava presente.
A cidade despertava na surdina
As pessoas sem pressa pra viver
Jornal, cafe e sono na esquina
Mas sem voce.
Ninguem viu voce partir,
Nenhum olhar testemunhou
So’ o vazio severo pra revelar que
As cores de antes ja nao estavam ali.
Na cama
um so’,
No tapete
os passos,
No ar
um nada de cheiro,
A mesa posta um copo vazio.
Mas de voce nem meio.
Quantas horas, quantas contas
Quantas coisas nao pararam,
Nao calaram.
Simplesmente chegavam ,
!BOMDIA!
E passavam.
Caiu a noite
Exatamente como sempre e ontem.
E ja nao lembrava se voce vinha ou nao
Mas a luz ficou acesa
A porta entreaberta
E o travesseiro no colchao.
Vina Schneider
Amanheceu
Exatamente como ontem e sempre
E o dia que surgia nem percebeu
Que voce nao estava presente.
A cidade despertava na surdina
As pessoas sem pressa pra viver
Jornal, cafe e sono na esquina
Mas sem voce.
Ninguem viu voce partir,
Nenhum olhar testemunhou
So’ o vazio severo pra revelar que
As cores de antes ja nao estavam ali.
Na cama
um so’,
No tapete
os passos,
No ar
um nada de cheiro,
A mesa posta um copo vazio.
Mas de voce nem meio.
Quantas horas, quantas contas
Quantas coisas nao pararam,
Nao calaram.
Simplesmente chegavam ,
!BOMDIA!
E passavam.
Caiu a noite
Exatamente como sempre e ontem.
E ja nao lembrava se voce vinha ou nao
Mas a luz ficou acesa
A porta entreaberta
E o travesseiro no colchao.
Vina Schneider
sexta-feira, janeiro 27, 2006
loucuras da madrugada
Loucuras da madrugada
Um inseto mudo sobrevoa o salao das verdades
Desenhando no ar um gesto desesperado
Como se dele dependesse o movimento de rotacao
de um mundo em miniatura
Um universo paralelo , que se desprende pouco a pouco
Uma palavra por vez
Uma lagrima por vez
Uma memoria por vez.
:::-:::
Uma marionete sentada esquecida
Finge viver a vida dentro da caixa a qual foi enclausurada
Criando monologos e dialogos com os pedacos de papelao
Que esfarelam-se com o passar dos anos .
Atada as cordas que ela mesma embaralhou desde
A ultima crise existencial
(primeira na historia das bonecas)
Ela tenta nao sentir o desconforto
Contando estrelas que ela mesma desenhou
Em sua ultima inspiracao astral,
Quando viajou a saturno e deslizou nos seus aneis.
:::-:::
Cada estrela possui seu proprio nome
E merece assim ser chamada.
O homem tem o costume de repetir os nomes dos seus filhos
E para sentir-se superior criou as constelacoes.
Ursa Maior e’ a puta que o pariu,
E depois de parir o chamou Jose Arnaldo.
Felizes sao as estrelas que falam todas o mesmo idioma , nao possuem
Nacionalidade , nem asteiam bandeiras,
Vagueiam livres pelo infinito buscando sua outra metade que partiu
A alguns poucos milhoes de anos luz.
:::-:::
O onibus para o paraiso passou lotado
E deixou na pista um descamisado que esteve aguardando
Sua chance de ser menos triste nessa eterna e redonda sala de espera
Chamado planeta terra .
Nao lhe ofereceram um cafe, nao lhe deram uma revista ,
Nao puseram uma musica do kenny G nem ligaram o ar condicionado.
Ele era so’ um descamisado.
Proximo por favor!
::::-::::
Os acordes de uma guitarra melodica ecoaram pelos corredores.
Alguns pacientes ainda dormiam , outros tomavam
A primeira pilula , a primeira injecao , a primeira dose
De um tratamento descompassado e sem logica
Que parece servir apenas para os manter mais doentes.
Ninguem pareceu se importar com mais aquele louco que lutava
Com seus dedos pelas cordas de aco como um gladiador numa arena
Dominada por bestas famintas,
Do’ , e a espada golpeava da direita pra esquerda diagonalmente,
Mi , subia a lamina ja’ manchada de sangue,
Re’ menor , um passo atras,
Fa’ em setima ,e afundava no flanco esquerdo
Fa’ sustenido , no direito.
O enfermeiro entra e deixa sobre a mesa 3 comprimidos de cores diferentes.
Re’ menor
La , um giro sobre a cabeca acertando em cheio o pescoca da primeira besta que cai
Suspirando pela ultima vez.
Um solo , e os aplausos ....
E’ findo o espetaculo.
:::+:::
Vina Schneider a 20 de maio de 2005, 11:15 da noite imaginando como sao os seus dias num lugar que ele nao conhece.
Um inseto mudo sobrevoa o salao das verdades
Desenhando no ar um gesto desesperado
Como se dele dependesse o movimento de rotacao
de um mundo em miniatura
Um universo paralelo , que se desprende pouco a pouco
Uma palavra por vez
Uma lagrima por vez
Uma memoria por vez.
:::-:::
Uma marionete sentada esquecida
Finge viver a vida dentro da caixa a qual foi enclausurada
Criando monologos e dialogos com os pedacos de papelao
Que esfarelam-se com o passar dos anos .
Atada as cordas que ela mesma embaralhou desde
A ultima crise existencial
(primeira na historia das bonecas)
Ela tenta nao sentir o desconforto
Contando estrelas que ela mesma desenhou
Em sua ultima inspiracao astral,
Quando viajou a saturno e deslizou nos seus aneis.
:::-:::
Cada estrela possui seu proprio nome
E merece assim ser chamada.
O homem tem o costume de repetir os nomes dos seus filhos
E para sentir-se superior criou as constelacoes.
Ursa Maior e’ a puta que o pariu,
E depois de parir o chamou Jose Arnaldo.
Felizes sao as estrelas que falam todas o mesmo idioma , nao possuem
Nacionalidade , nem asteiam bandeiras,
Vagueiam livres pelo infinito buscando sua outra metade que partiu
A alguns poucos milhoes de anos luz.
:::-:::
O onibus para o paraiso passou lotado
E deixou na pista um descamisado que esteve aguardando
Sua chance de ser menos triste nessa eterna e redonda sala de espera
Chamado planeta terra .
Nao lhe ofereceram um cafe, nao lhe deram uma revista ,
Nao puseram uma musica do kenny G nem ligaram o ar condicionado.
Ele era so’ um descamisado.
Proximo por favor!
::::-::::
Os acordes de uma guitarra melodica ecoaram pelos corredores.
Alguns pacientes ainda dormiam , outros tomavam
A primeira pilula , a primeira injecao , a primeira dose
De um tratamento descompassado e sem logica
Que parece servir apenas para os manter mais doentes.
Ninguem pareceu se importar com mais aquele louco que lutava
Com seus dedos pelas cordas de aco como um gladiador numa arena
Dominada por bestas famintas,
Do’ , e a espada golpeava da direita pra esquerda diagonalmente,
Mi , subia a lamina ja’ manchada de sangue,
Re’ menor , um passo atras,
Fa’ em setima ,e afundava no flanco esquerdo
Fa’ sustenido , no direito.
O enfermeiro entra e deixa sobre a mesa 3 comprimidos de cores diferentes.
Re’ menor
La , um giro sobre a cabeca acertando em cheio o pescoca da primeira besta que cai
Suspirando pela ultima vez.
Um solo , e os aplausos ....
E’ findo o espetaculo.
:::+:::
Vina Schneider a 20 de maio de 2005, 11:15 da noite imaginando como sao os seus dias num lugar que ele nao conhece.
domingo, janeiro 22, 2006
Estrada
Pontes e ruas ligando pessoas,
Levando memorias
Deixando vestigios
Quartos e salas perdendo sentidos
Palavras e gestos tao certos e imprecisos
Teu rosto num cartaz e teu sonho num papel
Teu gosto no meu copo
Tua vida no meu corpo
Minha vida na tua mao
Meu tempo perdido na falta de tua atencao.
Me diga um numero e eu transformo em dois
Eu, voce e a soma dos nossos produtos
Voce e eu multiplicando o mundo
E pra que mais?
Noite adentro e eu na janela
Mundo afora e cade voce?
Partiu sem mim na viagem do tempo
Noite adentro e eu sem ela.
Vina Schneider
Pontes e ruas ligando pessoas,
Levando memorias
Deixando vestigios
Quartos e salas perdendo sentidos
Palavras e gestos tao certos e imprecisos
Teu rosto num cartaz e teu sonho num papel
Teu gosto no meu copo
Tua vida no meu corpo
Minha vida na tua mao
Meu tempo perdido na falta de tua atencao.
Me diga um numero e eu transformo em dois
Eu, voce e a soma dos nossos produtos
Voce e eu multiplicando o mundo
E pra que mais?
Noite adentro e eu na janela
Mundo afora e cade voce?
Partiu sem mim na viagem do tempo
Noite adentro e eu sem ela.
Vina Schneider
domingo, dezembro 25, 2005
Navegante
********* *************** ********************* ***********
Pulei alguns muros e bati de frente com outros , mas conservo ainda
quase todos os dentes necessários
pra nao ter mais que correr das feras que cruzarem o meu caminho
e nem ter que esconder o sorriso para quem precisar dele.
V.S.
********* ****************** ****************** *********
Navegante
Eu precisei de um tempo pra saber quem era essa pessoa que eu chamo de Eu
o que se escondia por detrás do meu olhar mudo e dos meus gestos tão gritantes,
Entender que a minha inoperancia em relação a vida
era em sí o primeiro passo para uma maratona em busca da felicidade plena
e que estar imóvel às vezes é a melhor atitude a se tomar.
entender que , quase sempre,
o barulho que me cerca é mesmo só barulho , e nada mais.
Quebrei alguns espelhos que pareciam distorcer minha imagem
e por muito tempo tive raiva do meu proprio reflexo,
Até me dar conta de que o espelho só cumpre sua função
de mostrar a nós mesmos como nos vemos.
Fui incompleto , fui cubista , fui abstrato
me faltava um pouco de alma , me sobravam olhos e bocas,
meus ouvido estavam tapados
e minhas idéias se faziam poucas.
Insatisfeito comigo mesmo
não tinha nada a oferecer
foi duro , mas necessário . me apaguei pra começar a refazer.
Joguei fora minhas teorias , sobre homem mulher e sentimento.
Guardei numa gaveta funda os meus rancores e tranquei com a chave dentro
Troquei de lugar os meus retratos , e em quase todos desenhei bigodes.
-quando se trata de mudar o caráter , um pouco de humor é ingrediente forte-
Pintei as paredes do quarto pra renovar e aliviar o hambiente,
Descarreguei sobre o travesseiro a raiva
de nao saber em que direção soprava o vento,
Comprei uma mochila nova e pus todas as minhas apostas nela.
Arranjei uma bicicleta emprestada...
deixei você de lado e me perdi mundo adentro.
Precisei de um tempo para encontrar um lugar onde eu pudessse sentir que minha presença nao era indispensável ,
e que minha ausência era sentida.
Me encontrei ...e agora posso navegar.
Vina Schneider
Pulei alguns muros e bati de frente com outros , mas conservo ainda
quase todos os dentes necessários
pra nao ter mais que correr das feras que cruzarem o meu caminho
e nem ter que esconder o sorriso para quem precisar dele.
V.S.
********* ****************** ****************** *********
Navegante
Eu precisei de um tempo pra saber quem era essa pessoa que eu chamo de Eu
o que se escondia por detrás do meu olhar mudo e dos meus gestos tão gritantes,
Entender que a minha inoperancia em relação a vida
era em sí o primeiro passo para uma maratona em busca da felicidade plena
e que estar imóvel às vezes é a melhor atitude a se tomar.
entender que , quase sempre,
o barulho que me cerca é mesmo só barulho , e nada mais.
Quebrei alguns espelhos que pareciam distorcer minha imagem
e por muito tempo tive raiva do meu proprio reflexo,
Até me dar conta de que o espelho só cumpre sua função
de mostrar a nós mesmos como nos vemos.
Fui incompleto , fui cubista , fui abstrato
me faltava um pouco de alma , me sobravam olhos e bocas,
meus ouvido estavam tapados
e minhas idéias se faziam poucas.
Insatisfeito comigo mesmo
não tinha nada a oferecer
foi duro , mas necessário . me apaguei pra começar a refazer.
Joguei fora minhas teorias , sobre homem mulher e sentimento.
Guardei numa gaveta funda os meus rancores e tranquei com a chave dentro
Troquei de lugar os meus retratos , e em quase todos desenhei bigodes.
-quando se trata de mudar o caráter , um pouco de humor é ingrediente forte-
Pintei as paredes do quarto pra renovar e aliviar o hambiente,
Descarreguei sobre o travesseiro a raiva
de nao saber em que direção soprava o vento,
Comprei uma mochila nova e pus todas as minhas apostas nela.
Arranjei uma bicicleta emprestada...
deixei você de lado e me perdi mundo adentro.
Precisei de um tempo para encontrar um lugar onde eu pudessse sentir que minha presença nao era indispensável ,
e que minha ausência era sentida.
Me encontrei ...e agora posso navegar.
Vina Schneider
quinta-feira, dezembro 15, 2005
A Maior Das Minorias
A Maior das Minorias
Me explica esse punho cerrado
esse ódio do novo
essa onda de globalização violenta por todo o globo.
Me explica a tua superioridade
a tua autoridade
e teu poder de dizer quem é ou não o seu povo.
Me explica esse olho puxado,
essa pele curtida,
esse cabelo cortado na altura da perplexidade de quem
te vê e te julga
pelos teus atos radicais,
pela tua fúria patriótica em programas sindicais
que nao abraçam essa gente que te leva nos braços.
Quem fez a tua casa e regou a tua terra de rubro encarnado
marcou tua história e agora é caçado,
impedido de vestir tua camisa e ser chamado
de companheiro nessa vitória comprada,
impedido dos direitos básicos de entrar e sair
por esses portões tão bem guardados.
Quem traça teu destino medido em galão
que cede o espaço pra teus caminhões
sugarem da terra o que não lhes pertence,
roubando o pão da nossa pobre gente,
por um passo pequeno pra quem não merece
nada além de um empurrão e um bom puxão de orelhas...
Mas as chicotadas seguem caindo sobre as costas
de quem sempre esteve amarrado ao pelourinho.
A maior das minorias.
Vina Schneider
Me explica esse punho cerrado
esse ódio do novo
essa onda de globalização violenta por todo o globo.
Me explica a tua superioridade
a tua autoridade
e teu poder de dizer quem é ou não o seu povo.
Me explica esse olho puxado,
essa pele curtida,
esse cabelo cortado na altura da perplexidade de quem
te vê e te julga
pelos teus atos radicais,
pela tua fúria patriótica em programas sindicais
que nao abraçam essa gente que te leva nos braços.
Quem fez a tua casa e regou a tua terra de rubro encarnado
marcou tua história e agora é caçado,
impedido de vestir tua camisa e ser chamado
de companheiro nessa vitória comprada,
impedido dos direitos básicos de entrar e sair
por esses portões tão bem guardados.
Quem traça teu destino medido em galão
que cede o espaço pra teus caminhões
sugarem da terra o que não lhes pertence,
roubando o pão da nossa pobre gente,
por um passo pequeno pra quem não merece
nada além de um empurrão e um bom puxão de orelhas...
Mas as chicotadas seguem caindo sobre as costas
de quem sempre esteve amarrado ao pelourinho.
A maior das minorias.
Vina Schneider
quarta-feira, novembro 09, 2005
Sereia
Era Assim
Tinha a pele que era algo que nao era nem branco nem cor nenhuma , era luz ,
era algo que estava no ar ,
sentia-se mas nao sabia ao certo se podia-se tocar.
Na cabeca nao haviam cabelos como os mortais ,
carregava sim correntes de ervas trancadas e regadas com mel e areia , o que lhes dava uma textura parecida com nuvem pesada de chuva no final de uma tarde quente.
Seus olhos eu nao vi , mas senti me fitarem,
E pensei por um instante que fosse ali mesmo morrer
Na presenca daquele ser,
Que me acariciava os labios e a alma.
era frio e suor,
era sono e excitacao ao mesmo tempo ,
era agua e era vento ,
era vontade de trabalhar em fim de semana de ferias,
era tanto e tudo que eu nao sabia
era meus livros ,minha breve historia ,
minha pouca sapiencia e minha fraca poesia.
E eu me perdia no meio dela , como quem se perde no seu prorpio quarto escuro,
sabia exatamente onde estava cada coisa ,
cada parte do seu corpo
e sabia com que firmeza ou delicadeza tocar
mas nao podia.
Eu tentava e ela fugia
E talvez por isso fosse tao bom ,
era sentir o gosto da boca Escorrendo por entre as maos ,
e o aroma das coxas
Se esfregando no meu colchao.
Cada vez que respirava ,fazia rodar minha cabeca
E apoiava no seu colo de luz,
E cantava para eu dormir
E sonhar com mais um regresso para o paraiso
que era sua companhia.
E eu chorava de saudade cada vez que adormecia.
Vina Schneider
Tinha a pele que era algo que nao era nem branco nem cor nenhuma , era luz ,
era algo que estava no ar ,
sentia-se mas nao sabia ao certo se podia-se tocar.
Na cabeca nao haviam cabelos como os mortais ,
carregava sim correntes de ervas trancadas e regadas com mel e areia , o que lhes dava uma textura parecida com nuvem pesada de chuva no final de uma tarde quente.
Seus olhos eu nao vi , mas senti me fitarem,
E pensei por um instante que fosse ali mesmo morrer
Na presenca daquele ser,
Que me acariciava os labios e a alma.
era frio e suor,
era sono e excitacao ao mesmo tempo ,
era agua e era vento ,
era vontade de trabalhar em fim de semana de ferias,
era tanto e tudo que eu nao sabia
era meus livros ,minha breve historia ,
minha pouca sapiencia e minha fraca poesia.
E eu me perdia no meio dela , como quem se perde no seu prorpio quarto escuro,
sabia exatamente onde estava cada coisa ,
cada parte do seu corpo
e sabia com que firmeza ou delicadeza tocar
mas nao podia.
Eu tentava e ela fugia
E talvez por isso fosse tao bom ,
era sentir o gosto da boca Escorrendo por entre as maos ,
e o aroma das coxas
Se esfregando no meu colchao.
Cada vez que respirava ,fazia rodar minha cabeca
E apoiava no seu colo de luz,
E cantava para eu dormir
E sonhar com mais um regresso para o paraiso
que era sua companhia.
E eu chorava de saudade cada vez que adormecia.
Vina Schneider
sábado, novembro 05, 2005
Para Dois
Pra nao Dizer que nao Falhei das Rosas...
E com todas as outras cores.
^^^^^^^^^^^^^^^^
Esse texto eu recebi da Jaque sampin , uma pessoa muito maior do que julga os olhos de quem a ve sempre na altura de seus ombros (ou mais baixo ainda , pros da minha estatura), Mesmo pra quem so’ a ve por meio de fotos e memorias .
Voce um dia vai ser Grande Jaque .Talento e’ o que voce tem de sobra.
====conpaneros y conpaneras , con la palabra el senor Eduardo Galeano:
O DIREITO DE SONHAREduardo Galeano
Tente adivinhar como será o mundo depois do ano 2000. Temos apenas uma única certeza: se estivermos vivos, teremos virado gente do século passado. Pior ainda, gente do milênio passado.
Sonhar não faz parte dos trinta direitos humanos que as Nações Unidas proclamaram no final de 1948. Mas, se não fosse por causa do direito de sonhar e pela água que dele jorra, a maior parte dos direitos morreria de sede.
Deliremos, pois, por um instante. O mundo, que hoje está de pernas para o ar, vai ter de novo os pés no chão.
Nas ruas e avenidas, carros vão ser atropelados por cachorros.
O ar será puro, sem o veneno dos canos de descarga, e vai existir apenas a contaminação que emana dos medos humanos e das humanas paixões.
O povo não será guiado pelos carros, nem programado pelo computador, nem comprado pelo supermercado, nem visto pela TV.
A TV vai deixar de ser o mais importante membro da família, para ser tratada como um ferro de passar ou uma máquina de lavar roupas.
Vamos trabalhar para viver, em vez de viver para trabalhar.
Em nenhum país do mundo os jovens vão ser presos por contestar o serviço militar. Serão encarcerados apenas os quiserem se alistar.
Os economistas não chamarão de nível de vida o nível de consumo, nem de qualidade de vida a quantidade de coisas.
Os cozinheiros não vão mais acreditar que as lagostas gostam de ser servidas vivas.
Os historiadores não vão mais acreditar que os países gostem de ser invadidos.
Os políticos não vão mais acreditar que os pobres gostem de encher a barriga de promessas.
O mundo não vai estar mais em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza. E a indústria militar não vai ter outra saída senão declarar falência, para sempre.
Ninguém vai morrer de fome, porque não haverá ninguém morrendo de indigestão.
Os meninos de rua não vão ser tratados como se fossem lixo, porque não vão existir meninos de rua.
Os meninos ricos não vão ser tratados como se fossem dinheiro, porque não vão existir meninos ricos.
A educação não vai ser um privilégio de quem pode pagar por ela.
A polícia não vai ser a maldição de quem não pode comprá-la.
Justiça e liberdade, gêmeas siamesas condenadas a viver separadas, vão estar de novo unidas, bem juntinhas, ombro a ombro.
Uma mulher - negra - vai ser presidente do Brasil, e outra - negra - vai ser presidente dos Estados Unidos. Uma mulher indígena vai governar a Guatemala e outra, o Peru.
Na Argentina, as loucas da Praça de Maio vão virar exemplo de sanidade mental, porque se negaram a esquecer, em tempos de amnésia obrigatória.
A Santa Madre Igreja vai corrigir alguns erros das Tábuas de Moisés. O sexto mandamento vai ordenar: "Festejarás o corpo". E o nono, que desconfia do desejo, vai declará-lo sacro.
A Igreja vai ditar ainda um décimo-primeiro mandamento, do qual o Senhor se esqueceu: "Amarás a natureza, da qual fazes parte".
Todos os penitentes vão virar celebrantes, e não vai haver noite que não seja vivida como se fosse a última, nem dia que não seja vivido como se fosse o primeiro.
E com todas as outras cores.
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Esse texto eu recebi da Jaque sampin , uma pessoa muito maior do que julga os olhos de quem a ve sempre na altura de seus ombros (ou mais baixo ainda , pros da minha estatura), Mesmo pra quem so’ a ve por meio de fotos e memorias .
Voce um dia vai ser Grande Jaque .Talento e’ o que voce tem de sobra.
====conpaneros y conpaneras , con la palabra el senor Eduardo Galeano:
O DIREITO DE SONHAREduardo Galeano
Tente adivinhar como será o mundo depois do ano 2000. Temos apenas uma única certeza: se estivermos vivos, teremos virado gente do século passado. Pior ainda, gente do milênio passado.
Sonhar não faz parte dos trinta direitos humanos que as Nações Unidas proclamaram no final de 1948. Mas, se não fosse por causa do direito de sonhar e pela água que dele jorra, a maior parte dos direitos morreria de sede.
Deliremos, pois, por um instante. O mundo, que hoje está de pernas para o ar, vai ter de novo os pés no chão.
Nas ruas e avenidas, carros vão ser atropelados por cachorros.
O ar será puro, sem o veneno dos canos de descarga, e vai existir apenas a contaminação que emana dos medos humanos e das humanas paixões.
O povo não será guiado pelos carros, nem programado pelo computador, nem comprado pelo supermercado, nem visto pela TV.
A TV vai deixar de ser o mais importante membro da família, para ser tratada como um ferro de passar ou uma máquina de lavar roupas.
Vamos trabalhar para viver, em vez de viver para trabalhar.
Em nenhum país do mundo os jovens vão ser presos por contestar o serviço militar. Serão encarcerados apenas os quiserem se alistar.
Os economistas não chamarão de nível de vida o nível de consumo, nem de qualidade de vida a quantidade de coisas.
Os cozinheiros não vão mais acreditar que as lagostas gostam de ser servidas vivas.
Os historiadores não vão mais acreditar que os países gostem de ser invadidos.
Os políticos não vão mais acreditar que os pobres gostem de encher a barriga de promessas.
O mundo não vai estar mais em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza. E a indústria militar não vai ter outra saída senão declarar falência, para sempre.
Ninguém vai morrer de fome, porque não haverá ninguém morrendo de indigestão.
Os meninos de rua não vão ser tratados como se fossem lixo, porque não vão existir meninos de rua.
Os meninos ricos não vão ser tratados como se fossem dinheiro, porque não vão existir meninos ricos.
A educação não vai ser um privilégio de quem pode pagar por ela.
A polícia não vai ser a maldição de quem não pode comprá-la.
Justiça e liberdade, gêmeas siamesas condenadas a viver separadas, vão estar de novo unidas, bem juntinhas, ombro a ombro.
Uma mulher - negra - vai ser presidente do Brasil, e outra - negra - vai ser presidente dos Estados Unidos. Uma mulher indígena vai governar a Guatemala e outra, o Peru.
Na Argentina, as loucas da Praça de Maio vão virar exemplo de sanidade mental, porque se negaram a esquecer, em tempos de amnésia obrigatória.
A Santa Madre Igreja vai corrigir alguns erros das Tábuas de Moisés. O sexto mandamento vai ordenar: "Festejarás o corpo". E o nono, que desconfia do desejo, vai declará-lo sacro.
A Igreja vai ditar ainda um décimo-primeiro mandamento, do qual o Senhor se esqueceu: "Amarás a natureza, da qual fazes parte".
Todos os penitentes vão virar celebrantes, e não vai haver noite que não seja vivida como se fosse a última, nem dia que não seja vivido como se fosse o primeiro.
sábado, outubro 15, 2005
Batendo Poeira
inpiracao nota 0 pro Vina que so' poe letra velha no blog.
mas ...e' o que ha'.
Declaracao de amor
Sirenes correndo pela janela do meu quarto
e sei que mais um corpo nesse momento foi marcado
pela furia da lanca do destino,
que atropela e vira pelo avesso o que resta da alma humana
nesses dias de quase calor.
Silencio estatico no meu quarto,
Derretem as paredes que nao sentem vibrar meus gritos entredentes
de jovem arruinado pela incerteza e pelo medo.
Cada um deles pertencem a voce,
Mas se encontram extraviados na minha cabeca ,
Redirecionados pela forca da gravidade que opera sobre o teu espirito
Andarilho e poetico.
Por todas as lagrimas que perfuram meus olhos
ja’ que nao te alcanco ao telefone...
Culpo sempre o destino.
Desde a pimeira vez que vi voce explodir frente aos meus olhos,
Despretenciosamente ancorando minha atencao ,
Desgracadamente aticando minha imaginacao por paisagens
Que foram pintadas a quatro maos (aun que voce negue)...
Aprendi a culpar o destino.
Os anos irao se passar
Nossos corpos vai amadurecer e perecer,
Nossas sementes talvez deem frutos que nos iremos apreciar de formas
Diferentes , assim como mastigamos as dores de nossos amores de formas diferentes , e gozamos nossos prezeres de formas diferentes.
Nao posso culpar o destino por meu amor por voce nao ser igual ao seu por mim, nao posso culpar nada , nenhuma forca nem ninguem por amar tuas palavras mais que tuas curvas , teus pensamentos mais que tua boca ,
Tua excitacao mais que o teu sexo que eu desconheco.
Nao posso culpar o destino ,mas culpo.
Antes a ele do que a nos que somos apenas vitimas desse jogo de sentimentos e palavras que parece nao ter vencedores.
Vina Schneider
mas ...e' o que ha'.
Declaracao de amor
Sirenes correndo pela janela do meu quarto
e sei que mais um corpo nesse momento foi marcado
pela furia da lanca do destino,
que atropela e vira pelo avesso o que resta da alma humana
nesses dias de quase calor.
Silencio estatico no meu quarto,
Derretem as paredes que nao sentem vibrar meus gritos entredentes
de jovem arruinado pela incerteza e pelo medo.
Cada um deles pertencem a voce,
Mas se encontram extraviados na minha cabeca ,
Redirecionados pela forca da gravidade que opera sobre o teu espirito
Andarilho e poetico.
Por todas as lagrimas que perfuram meus olhos
ja’ que nao te alcanco ao telefone...
Culpo sempre o destino.
Desde a pimeira vez que vi voce explodir frente aos meus olhos,
Despretenciosamente ancorando minha atencao ,
Desgracadamente aticando minha imaginacao por paisagens
Que foram pintadas a quatro maos (aun que voce negue)...
Aprendi a culpar o destino.
Os anos irao se passar
Nossos corpos vai amadurecer e perecer,
Nossas sementes talvez deem frutos que nos iremos apreciar de formas
Diferentes , assim como mastigamos as dores de nossos amores de formas diferentes , e gozamos nossos prezeres de formas diferentes.
Nao posso culpar o destino por meu amor por voce nao ser igual ao seu por mim, nao posso culpar nada , nenhuma forca nem ninguem por amar tuas palavras mais que tuas curvas , teus pensamentos mais que tua boca ,
Tua excitacao mais que o teu sexo que eu desconheco.
Nao posso culpar o destino ,mas culpo.
Antes a ele do que a nos que somos apenas vitimas desse jogo de sentimentos e palavras que parece nao ter vencedores.
Vina Schneider
ao som de Farofa carioca .
"a carne mais barata do mercado e' a carne negra!!!"
salve Seu Jorge
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